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Para saber gerenciar sua vitrine, você precisa primeiro entendê-la.

Uma vitrine possui dois componentes principais que devem ser trabalhados de modo conjunto de modo a potencializar seu efeito de atração dos consumidores, que é o seu principal objetivo: a parte interna e a externa.

A parte interna é aquela para a qual a maioria dos lojistas empenha maior atenção.

Lojistas médios e grandes, via de regra, possuem profissionais especializados em Vitrinismo que trabalham o tempo todo produzindo novidades e trazendo as últimas tendências em decoração de vitrines para seus clientes. Mas, e os pequenos lojistas, que não podem arcar com o custo de um vitrinista? Para estes, resta o empenho pessoal e a troca de informações com colegas para tentar fazer da vitrine algo mais do que um depósito das últimas mercadorias que chegaram na loja.

É na parte interna das vitrines que começa o processo de sedução do consumidor.

Dentre os profissionais dedicados ao vitrinismo, podemos identificar claramente aqueles voltados para o que eu chamo de vitrine-arte, que produzem trabalhos mais conceituais, em geral para grandes marcas.

A produção de vitrines conceituais, com raras exceções, está longe da realidade da grande maioria dos pequenos lojistas.

Há quem transforme a vitrine na filial do depósito da loja, colocando o maior número possível de produtos em exposição achando que isso aumenta as chances de algum consumidor encontrar ali o que ele estava procurando.

Esse pensamento aniquila de saída a possibilidade da vitrine atrair o consumidor para dentro da loja pois, se ele não tiver paciência para digerir esse excesso de informação ou não gostar do que vê na vitrine, termina aí a sua curta relação com ele  e sua venda vai por água abaixo. E isso vale para qualquer segmento de produto.

Há ainda aqueles que acham que em época de liquidação a vitrine pode virar temporariamente um depósito dos produtos em promoção. É o lojista que se segura na maior parte do ano para manter sua vitrine “ajeitadinha”, mas na liquidação atira tudo de qualquer jeito porque acha que é isso o que o consumidor procura. Será mesmo? Alguém perguntou para a gente se nós gostamos de ver isso? Será que não nos sentiríamos melhor olhando uma vitrine bem organizada com descontos incríveis, para termos a convicção de que estamos comprando mercadorias de qualidade, e não sobras da estação que termina?

Tem ainda o lojista confuso, que pensa que quanto mais informação melhor: assim, o consumidor não precisa entrar na loja e fazer aquelas mesmas perguntas que a equipe já está cansada de responder.

As conclusões são claras:

  • Pense antes de montar a sua vitrine. Planeje;
  • Não coloque a loja inteira na vitrine. Reserve alguns bons motivos para o cliente entrar na sua loja;
  • Promoção não é sinônimo de esculhambação. Inclua o planejamento das vitrines de liquidação no seu rol de prioridades;
  • Não misture informações. Se escolher usar um adesivo, use. Se optar pelo banner interno, fique no banner;
  •  Se você não pode fazer uma vitrine conceitual, faça uma vitrine bonita, com poucos e bem escolhidos elementos. Isso passa ao consumidor uma idéia clara do que você vende, do perfil da sua mercadoria, e permite a ele escolher se o seu produto o agrada. Ou não.