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Muitos empresários não dão à iluminação da loja  a importância que ela merece.

A iluminação de uma loja é responsável por grande parte de sua ambientação, e deve ser feita somente por profissionais da áreas. Não há soluções fora disso.

A iluminação também é responsável por conferir ao ambiente e produtos nele expostos sua cor original ou modificada: você pode, por exemplo, optar por “esquentar” as cores ou “esfriá-las, de acordo com o efeito final que deseja obter.

Existem recursos técnicos de iluminação que podem literalmente transformar o modo como enxergamos os produtos.

Um bom exemplo é a exposição dos recentes monitores de alta definição, cuja aparência com iluminação inadequada podem acabar com a qualidade da imagem da tela. No caso destes produtos, o uso de uma iluminação convencional – parecida com a que temos em casa – o resultado é desastroso.

Segundo o site www.gizmodo.com.br, “em algumas lojas os níveis de iluminaçao podem ser até 50 vezes maiores do que o que se encontra nas casas. Isto mascara HDTV’s com baixo desempenho na cor preta, o que torna as imagens mais claras do que são nas condições normais. (…) Se a loja está tentando empurrar modelos mais caros, ela reduz os níveis de iluminação para destacar os níveis de preto e o contraste da imagem”.

Aos arquitetos cabe a tarefa de definir as melhores opções em cada caso, que devem levar em conta:

Necessidades dos lojistas Requisitos de iluminação
Ambiente atrativo Aparência e temperatura da cor adequada
Objetos com aparência natural Qualidade na reprodução da cor
Níveis de iluminação adequados Fluxo e intensidade luminosa adequados
Contraste adequado Escolha do facho de luz – abertura
Projeto atrativo Otimização do sistema
Confiabilidade Durabilidade e estabilidade da cor
Conforto pessoal Aquecimento reduzido
Baixo custo Conservação de energia e pouca manutenção

Fonte: http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/iluminacao_artificial/iluminacaodelojas.htm

O Arquiteto Caio Camargo, em entrevista concedida ao Exclusivo On-line (http://falandodevarejo.blogspot.com/2009/03/materias-entrevista-para-exclusivo.html), revela informações importantes que resumimos a seguir:

  • Lojas de perfis mais populares possuem a necessidade de um ambiente melhor iluminado, muitas vezes de maneira uniforme.
  • Para as lojas de perfil mais sofisticado, é possível, dependendo da situação, criar lojas quase escuras, com apenas pequenos feixes de luz iluminando e realçando os produtos. Na cabeça do consumidor, quanto mais claro, mais barato, mais popular, quanto mais amena e sofisticada a iluminação utilizada, mais cara a loja.
  • Uma vitrine muito iluminada chama a atenção, mas ofusca a visão e faz com que o produto perca o foco. Passam a ver a luz, e não os produtos. Em contrapartida, uma vitrine mal iluminada mal é percebida pelo consumidor. A recomendação é de dosar uma iluminação uniforme não muito intensa, buscando realçar algum produto ou promoção em especial, com um foco dirigido.
  • As lojas de pequeno porte devem buscar homogeneidade, de modo a que o espaço possa ser remodelado constantemente, sem necessidade de alteração do sistema de iluminação. Assim sendo, móveis, gôndolas e prateleiras podem variar de local. O que podem ser criados são alguns elementos complementares à iluminação, de modo a realçar e criar destaque, apenas quando necessário.
  • Lojas de shopping e de rua devem ter iluminações diferentes, pois no caso da loja de shopping não há a incidência de iluminação natural. Em muitos casos, mobiliários, cores aplicadas e até mesmo o modelo de loja, tem que sofrer alterações quando uma loja de shopping abre uma filial em um ponto comercial na rua.
  • O grande cuidado que devemos ter é em relação à influência da iluminação sobre as cores dos objetos. Num home center, por exemplo, a tonalidade da iluminação pode influenciar na compra de pisos e louças, gerando problemas futuros em relação ao cliente. O cliente compra um produto imaginando que este seja “meio amarelado”, quando na verdade é branco. A iluminação prejudicou a escolha.